In Time (2011)

Este filme partiu de uma boa premissa, mas fracassou em praticamente todos os quesitos à medida que ia passando o tempo. Aliás, o tempo é o mote do filme. Em uma sociedade futurista onde as pessoas tem o tempo que lhe resta de vida exibido como um mostrador luminoso no antebraço, a moeda corrente é o próprio tempo. Andrew Niccol, diretor de filmes bem conceituados como Gattaca ((1997), The Truman Show (1998) e O Senhor das Armas (2005) parece ter esquecido como se faz um filme bom. Seu filme parece um pastiche do próprio Gattaca. Tomei um susto quando soube que ele era o diretor, pois achei que era um iniciante tentando emular o filme de 1997, não o próprio diretor do mesmo.

A escolha dos atores também não foi lá muito feliz. Justin Timberlake não decepciona no papel principal, mas também não empolga. Já a Amanda "garota da capa vermelha" Seyfried é um caso à parte. A moça parece uma imagem impressa em papel. Não atua, não tem presença, e não convence como interesse romântico do protagonista. Sem contar o incômodo que causa ficar tentando descobrir a quantos quilômetros de distância os olhos dela estão um do outro.

Pra fechar com chave de bosta, me escalam o Cillian Murphy, vejam só... pra fazer o papel do antagonista obcecado, pra quem nada mais importa além de capturar o protagonista do filme. Francamente, acho que o último ator que conseguiu fazer esse papel com um mínimo de credibilidade foi o Tommy Lee Jones em O Fugitivo (lá em 1993). Então é isso, acho que já deu pra entender. In Time, que filme bosta!